
Título: Eu fui a melhor amiga de Jane Austen
Autora: Cora Harrison
Editora: Rocco
Páginas: 320
Páginas: 320
Ano: 2011
Classificação: 4/5
Sinopse: Chega ao Brasil o livro: "Eu fui a Melhor Amiga de Jane Austen" da autora Cora Harrison. A história tem o objetivo de introduzir os mais jovens ao empolgante mundo dos livros de Jane Austen. O livro traz uma combinação entre fatos históricos e ficção, apresentando a relação entre as adolescentes Jane Austen e sua prima Jenny Cooper.
Resenha: Em, Eu Fui a Melhor Amiga de Jane Austen, Cora nos apresenta
a adolescência da nossa querida autora britânica: Jane Austen. A narrativa é
feita em primeira pessoa pela prima de Jane, a senhorita Jenny Copper e quase
todos os capítulos são páginas do diário dessa jovem menina de apenas 16 anos.
Nele, Jenny relata os momentos que passou morando com os tios e primos.
Diferente de sua vida solitária com o distante irmão e a cunhada perversa,
Jenny encontrou nos Austen uma família que, além de grande, era amorosa ao seu
jeito.
Apesar de conhecermos um pouco mais desta família, os Austen
não são o ponto principal do livro, mas sim Jenny. Ela é uma menina órfã, que
ainda sofre com a morte da mãe. É muito tímida e acredita ser um estorvo para o
irmão. Ela é aquela típica garota do século 19: meiga, tímida, doce e que busca
poder se apaixonar perdidamente por um cavalheiro que, certamente terá de ser
bonito e gentil.
O romance que surge ao longo da história é super fofo, mas
senti falta de mais cenas entre os mocinhos. Devo dizer que achei o início um pouco lento.
A história não estava me prendendo, pois achei que a autora demorou para dar um
rumo à história. No entanto, o livro me agradou muito chegando um momento em
que eu não conseguia para de ler até chegar ao fim.
- Acredito que, no fundo, você está mais interessada em escrever romances do que encontrar um jovem rapaz, Jane. Jane não estava ouvindo. Retirou sua escrivaninha da gaveta, colocou-a sobre a mesa, e depois mergulhou a pena no tinteiro de chifre.

Durante a narrativa nos deparamos com uma Jane Austen jovem e
sonhadora, divertida e atrevida. Peguei-me rindo diversas vezes com seus
comentários e brincadeiras. Sempre fui curiosa por saber como era sua
adolescência e, posso dizer que me diverti bastante durante a leitura. Também conhecemos
um pouco dos seus irmãos e do mistério que seus pais guardam.
Essa era a característica principal de Jane, pensei enquanto fugia pelas escadas. Ela gostava muito de mim; eu sabia disso. Era sua melhor amiga, da mesma maneira que ela era minha melhor amiga, mas escrever sempre veio em primeiro lugar para ela.

O melhor de tudo é que temos as características dos romances
de época que tanto gosto: muitos bailes, vestidos, carruagens, mocinhas em
busca do amor verdadeiro, as mães em busca do melhor casamento para seus
filhos, e os jovens que buscam encontrar os prazeres da vida antes do
casamento.
- Jane – sussurro -, ajuda-me. Estou em sérios apuros. Não sei o que fazer. Ele está aqui. – Quem? O amor da sua vida? O homem possuidor de seu coração? Ah, Jenny, Jenny, mostre-o para mim, eu imploro.

- Que é ele? Um de seus admiradores? – Adorei sua risada. Havia alguma coisa nele que me fazia sentir que éramos muito íntimos um do outro. Meu rosto enrubesceu só de pensar.
Vale ressaltar que a autora fez algumas modificações para
adaptar melhor sua história, mas a prima Jenny, assim como diversos outros personagens,
realmente existiram.
- O que está escrevendo agora? - perguntei, dirigindo-me ao outro lado para olhar sobre seu ombro. Jane não é igual a mim: sua escrita nunca é particular. - Estou escrevendo um final feliz - respondeu com grande seriedade. - Decidi que todo bom romance precisa de um final feliz e este aqui provavelmente me será útil um dia.
O livro foi lançado aqui no Brasil em 2011 pela Rocco que já
prometeu o lançamento da continuação: Jane Auten Stole My Boyfriend, a tradução
deverá ser: Jane Austen Roubou Meu Namorado. Recomendo!!
- Vamos dançar – ele me convida quando termino. Pega minha mão, a entrelaça em seu braço e gentilmente retira um cacho de cabelo perdido em meu rosto com a outra mão. Pergunto-me se é inadequado, mas ninguém parece ter notado.
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