Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
Ano: 2013
Classificação: 4/5
Sinopse: Cidades de Papel - Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.
Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a
cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso
plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba
e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude
depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não
aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.
Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.
Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.
Resenha: É sempre um prazer ler a narrativa cheia de humor e de diálogos inteligentes do John Green e com este livro a experiência não foi diferente.
“A gente ia ser feliz, a gente ia ser um do outro, a gente ia .. ia… ia… E não foi.”

Quentin é o típico personagem
loser (como alguns gostam de chamar), ou seja, ele é o jovem inteligente,
certinho e invisível do colégio, mas isto não o impede de guardar o amor
secreto pela bela e popular Margo. Os dois se conhecem desde a infância, época
em que brincavam juntos, mas o tempo passa e seus interesses tão distintos os
separam. Bem, isso até a misteriosa aparição de Margo na janela do quarto do
garoto no meio da noite.
Com o convite de ter uma noite de acertos de contas, ela convida Quentin para uma aventura: ele teria que pegar o carro dos pais e ajudar a jovem a completar uma lista de “vingança” daqueles que se diziam seus amigos.
Quebrar as regras nunca foi seu forte, mais o jovem não consegue dizer não e
segue para a noite que seria uma das melhores de sua vida. Nessas poucos horas
juntos ele quebrou mais regras do que em toda sua vida e é muito divertido
acompanhar os quase 100 ataques cardíacos que ele tem ao longo da noite. No
entanto, o surpreendente é que ele se sente feliz. Seria pelas aventuras nunca
vividas ou pela presença da jovem?
Agora todos pensam que depois
desse dia tudo mudaria e Quentin, finalmente, teria uma chance com a garota
popular, certo? Errado. No dia seguinte ela some, não sem antes deixar pistas
para seu mais novo e velho colega.
A partir daí o livro ganha um
toque de mistério que me fez devorar as páginas. Além disso, como eu disse
antes, os diálogos entre Quentin e seus outros amigos loser são
engraçadíssimos. Morri de rir em algumas passagens!
"Eu queria interromper o xixi, mas é claro que não consegui. Mijar é como ler um livro bom: é muito, muito difícil parar depois que você começa."
No entanto, sendo uma completa romântica, o que mais chamou minha atenção foi a determinação do Quentin em encontrar Margo, mesmo depois de todos (inclusive os pais dela) desistirem. Seu amor só aumenta a cada pista encontrada, e ver sua agonia em demorar tanto para desvendar o mistério só me deixava ainda mais apreensiva. Fato é que Margo sempre foi um mistério, o que contribuiu para eu ler bem rápido o livro e descobrir o que tinha por trás disso tudo.
"Em algum lugar eu paro e espero você."
Confesso que eu esperava mais do final, mas isso não atrapalhou em nada nessa incrível obra do John. Ao terminar a leitura fiquei com a sensação de que precisava ler mais sobre Quentin e Margo, precisava rir mais com os amigos nerds, mas o ensinamento que tive ao longo dessas páginas valeu a pena. A vida não é feita só aparências, fama e popularidade. Precisamos nos dedicar a fazer cada minuto do nosso dia valer a pena de forma que se possa olhar para passado e ver tudo de bom que foi feito. Caso o contrário, a nossa vida se torna igual as cidades de papel: "existe por existir". Será que estamos valorizando nossa existência? Será que estamos deixando nossa marca no mundo de forma a fazermos a diferença? Deixo essa reflexão com vocês.
E, se ficaram curiosos para mergulhar nesse romance recheado de reflexões, humor e mistérios embarque também na leitura de Cidades de Papel!
Ps. A diagramação está ótima, mais um trabalho caprichado da editora Intrínseca. Recomendo!!
"A cidade era de papel, mas as memórias, não. Todas as coisas que tinha feito ali, todo o amor, a pena, a compaixão, a violência e o desprezo estavam aflorando em mim."
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Assista ao trailer do filme!