Editora: Novo Século
Páginas: 431
Ano: 2015
Classificação: 5/5 ♥
Livro Cedido em Parceria com a Autora
Livro Cedido em Parceria com a Autora
Sinopse: Século xix: status, vestidos
pomposos, carruagens, bailes… Kathelyn Stanwell, a irresistível filha de um
conde, seria a debutante perfeita, exceto pelo fato de que ela detesta a
nobreza; é corajosa, idealista e geniosa. Nutre o sonho de ser livre para
escolher o próprio destino, dentre eles inclui o de não casar-se cedo. No
entanto, em um baile de máscaras, um homem intrigante entra em cena… Arthur
Harold é bonito, rico e obstinado.
Supondo, por sua aparência, que ele não pertence ao seu mundo, à impulsiva
Kathelyn o convida a entrar no jardim – passeio proibido para jovens damas.
Nunca mais se veriam, ela estava segura disso. Entretanto, ele é: o nono duque
de Belmont, alguém bem diferente do homem que idealizava, só que, de um instante
a outro, o que parecia a aventura de uma noite, se transforma em uma paixão sem
limites.
Porém, a traição causada pela inveja e uma sucessão de mal-entendidos dão origem ao ciúme e muitas reviravoltas. Kathelyn será desafiada, não mais pelas regras sociais ou pelo direito de trilhar o próprio caminho, e sim, pela a única coisa capaz de vencer até mesmo a sua força de vontade e enorme teimosia: o seu coração.
Porém, a traição causada pela inveja e uma sucessão de mal-entendidos dão origem ao ciúme e muitas reviravoltas. Kathelyn será desafiada, não mais pelas regras sociais ou pelo direito de trilhar o próprio caminho, e sim, pela a única coisa capaz de vencer até mesmo a sua força de vontade e enorme teimosia: o seu coração.
Resenha: Uma mocinha muito a frente de
seu tempo e sem o dom para ser a típica dama londrina. Um duque aventureiro a
procura de uma esposa diferente e especial, que o fizesse feliz. Intrigas, preconceito,
remorso, poder e aparências. Quantas tormentas um amor pode suportar? Você
conseguiria colocar seu amor acima da opinião alheia?

Uma das coisas que eu mais
gosto em romance de época é a beleza da inocência das debutantes, o cortejo, o
respeito, o carinho e delicadeza com que as mulheres eram tratadas e,
principalmente, o amor verdadeiro que surgia a ponto de transformar os homens
rudes e atarefados em meros rapazes bobos apaixonados. No entanto, não é
possível fechar os olhos e acreditar que tudo era perfeito. Muito pelo
contrário. Essa época foi marcada pelas injustiças sociais, humilhação dos menos favorecidos e pesadas
críticas alheias. Viver na sociedade londrina não era uma tarefa nada fácil e
manter-se nos “trilhos” era algo essencial para conseguir viver em paz.
A autora Babi A. Sette
conseguiu passar tudo isso em A Promessa da Rosa. Além de um romance
avassalador, ela deu destaque às desigualdades sociais e ao grande problema da
mulher ser submissa aos homens.
“― Essa é a ridícula maneira como são tratadas as mulheres. Como éguas em leilões, como cabras incapazes de pensar por si só. (...) Como seres frágeis que não podem abrir a boca sem que alguém as ordene ou comande. Não comigo, não em minha vida. Não casarei, prefiro o exílio, o convento, a forca, a morte a ser tratada como um bicho incapaz de se orientar. Sou um ser humano e tenho direito de escolher com quem vou dividir meu leito, minha vida.”
O livro é narrado em terceira
pessoa e logo no início conhecemos Kathelyn, uma jovem linda, porém geniosa,
filha de conde. Ela era contrária a todas, TODAS, as regras da sociedade
londrina. Costurar e bordar? Definitivamente não. Ela estava habituada a andar,
ou melhor, correr a cavalo, banhar-se no rio, estudar escondido, além de manter
amizade com os criados e, é claro, rir muito.

O início da temporada estava
prestes a começar e Kathelyn só tinha uma coisa em mente: só se casaria por
amor. Quanto mais alto era o status de um nobre, mais odiado ele era por Kathelyn.
Ela desejava ser livre, falar e fazer o que lhe fizesse bem e uma vida de
submissão não estava em seus planos. Mas, é em um baile de máscaras que ela é surpreendida
ao conhecer o homem mais incrível e enigmático, misterioso e charmoso de todos.
Quem ele era? Um duque.
A atração é imediata entre eles
e depois de quase arruinar sua reputação, Kathelyn consegue fugir do baile sem
ao menos saber o nome do lindo “falcão”. Ele, por sua vez, fica com puro ódio
ao ser abandonado no jardim “naquele” estado pela mulher que provocou sensações
até então nunca sentidas por ele.
“― Não saberia mais viver sem você, nunca soube ― Arthur afirmou. Ela sentiu o peito dele subir e descer em um movimento lento conforme ele tomava o ar, ouvir: ― Eu existia para te amar, antes mesmo de nascer.”
Mas, é claro que o destino faz
seu papel e os coloca cara a cara de novo para alegria do duque Arthur e
completo pavor da Kathelyn, afinal ele poderia colocar sua vida em risco caso
falasse para seu pai, sobre as intimidades que o casal experimentou dias atrás.
E é em meio a diversas
reviravoltas que A Promessa da Rosa me conquistou. A partir desse momento eu
não conseguia mais largar o livro, pois a curiosidade sempre era maior que o
cansaço. A leitura foi mais do que agradável, ela provocou diversas sensações
em mim e eu nunca poderia imaginar o rumo que a história teria. Fui surpreendida
diversas vezes com as reviravoltas que surgia em minha frente e eu simplesmente
não conseguia acreditar em como o destino poderia ser maravilhoso em alguns
momentos, mas bem cruel em outros.
“― Eu também não preciso de hipocrisia para ser feliz. Não é ela que nos faz feliz. Mas se a hipocrisia ergue os dentes e lhe esmaga, você acha que pode manter-se em pé? Como você se sentirá quando todos aqueles que conhece lhe vivarem a cara e lhe oferecerem o desprezo a cada passo que dá?”
Me senti amiga da Kathelyn e me
diverti muito com ela. É sempre bom conhecer personagens fortes e com
personalidade que nos traz ensinamentos de vida. Arthur, por outro lado,
provocou um misto de reações em mim. Fiquei irritada com ele diversas vezes,
mas procurei entender o rapaz, principalmente seus medos.
Apesar dos clichês desse
gênero, posso dizer com toda a certeza que a autora consegue nos surpreender. E
não é uma vez, duas, três, quatro.... são diversas vezes!

Foi muito bom acompanhar o
amadurecimento dos personagens ao longo das páginas e confesso que meu coração
ficou apertado ao ver o rumo dos acontecimentos. Pela primeira vez agradeci por
não ter nascido na Inglaterra do século 19 e não precisar estar sujeita as
críticas daquela sociedade tão cruel.
A Promessa da Rosa é a prova do
talento da Babi! Ela poderia muito bem ser comparada as grandes escritoras de
romances de época, pois esta linda obra não perde em nada para as estrangeiras.
Fiquei imensamente feliz com a oportunidade de conhecer a escrita fluida e
delicada da Babi, além de perceber como uma única obra pode trazer a tona
tantos sentimentos em um leitor.
“― Enquanto houver histórias de amor nascendo e vivendo em nossos corações, todas as rosas cumprirão s sua promessa.”
Um dos meus livros favoritos do
ano, da vida!! Quero ler tudo que a autora escrever a partir de agora e fico
muitooo feliz em poder dizer que esse livro mais que perfeito é Nacional! Parabéns
Babi, pelo excelente trabalho!!
Simplesmente, Leiam!!!
Inspire-se na força da Kathelyn. Espelha-se nas mudanças de Arthur. E se deixe encantar
por essa linda história de amor!
“― (...) apenas gosto das rosas.― Das vermelhas?― De todas, mas as vermelhas me atraem.― Atraem?― É claro.― Claro?― O vermelho do sangue, que é vida. O vermelho do coração que é para mim como uma rosa.― É mesmo?
― Feche o coração e privará o mundo da beleza de sua essência.”