Sinopse: Existem normas que definam o que é sanidade e o que é loucura? Pois a busca e a aplicação de tais normas são as principais razões da vida de Simão Bacamarte. Médico da provinciana Itaguaí, ele gera medo e veneração ao tentar fixar o parâmetro da normalidade. Em 'O alienista', Machado de Assis pretende mostrar, de maneira satírica, o funcionamento da ciência no Brasil do século XIX - e como a população é, no mais das vezes, instrumentalizada em nome dos que detêm o poder.
Título: O Alienista | Autor (a): Machado Assis | Páginas: 96 | Editora: Nova Fronteira| Ano: 2017 | Classificação: 4/5 | SKOOB
Resenha: De onde vem a loucura? O que é a loucura? Será que somos 100%
sãos? O Alienista é um conto famosíssimo de Machado de Assis (o maior escritor
da literatura nacional) e nele vamos conhecer o médico e cientista Simão
Bacamarte.
Depois de sua trajetória profissional na Europa, Bacamarte decide
voltar para sua cidade natal, Itaguaí, e por em prática seus conhecimentos e
pesquisas. Com o desejo de desvendar a causa da loucura e descobrir a cura para
a mesma, ele funda a Casa Verde, um manicômio onde ele poderia estudar seus
alienados de perto.
Logo a cidade inteira está comentando sobre a Casa Verde e
sobre o famoso cientista que traria o progresso médico. Porém, as coisas
começam a fugir do controle a partir do momento em que o alienista sai nas ruas
analisando as ações de cada morador a fim de buscar um fio de loucura neles.
Conclusão? Chega um ponto em que quase toda a cidade é levada para a Casa Verde
e é aí que a confusão começa.
Alguns moradores iniciam uma rebelião para prender o médico
louco que achava que todo mundo era louco. As pessoas temiam sair de suas casas
e não voltar para seus lares no fim do dia. O terror estava instalado. Até que
ponto a ciência pode trazer a cura? Essa é a pergunta que permeia todo o livro.
“A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar que é um continente.”
Com uma escrita recheada de sátira e humor, Machado vai nos
apresentar essa crítica à “ciência que tudo pode resolver” e ao fato de que
ninguém é perfeitamente sadio mentalmente. Afinal, quem nunca teve um ataque de
pânico na vida, não é mesmo?
Gostei muito da leitura, mas percebi que estou tão mergulhada
na literatura clássica inglesa que me vi totalmente deslocada com a linguagem do
Brasil colonial. Sendo assim, preciso ler mais obras nacionais e me habituar ao
cenário nacional do século 19 que é tão distante de mim.
Deixo vocês com a passagem a seguir recheada de humor:
“O terror acentuou-se. Não se sabia já quem estava são, nem que estava doido. As mulheres, quando os maridos saíam, mandavam acender uma lamparina a Nossa Senhora; e nem todos os maridos eram valorosos, alguns não andavam fora sem um ou dois capangas. Positivamente o terror.”
Um beijo e até a próxima!
Adorei sua resenha. Interessante o livro.
ResponderExcluirLindo seu blog.
beijos
https://glamour-02.blogspot.com.br/
Obrigada!
ExcluirBeijos
Confesso que nunca me interessei muito pelos contos e livros de Machado de Assis, por puro preconceito mesmo, mas agora que sei um pouco do que se trata fiquei chocada por nunca ter ido atrás de conhecer mais sobre as obras desse autor...
ResponderExcluirEstou realmente agradecida pela sua resenha.
beijos
https://atrasadaparaocha.blogspot.com.br/
Que bom que você gostou, Tielle! Às vezes o preconceito literário nos priva de conhecer obras fantásticas, né?
ExcluirBeijos
Amei sua resenha, ainda não conhecia esse livro, mas não tenho dúvida que vale a pena se aprofundar!
ResponderExcluirwww.kailagarcia.com
Sim, vale a pena conhecer!
ExcluirBeijos
Oi Bárbara, tudo bem? Eu adoro O Alienista, é curtinho e com um tema bem interessante. Curto a linguagem machadiana, cheia de sarcasmo rsrsrsrs
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi, Bárbara!
ResponderExcluirQue vergonha, nunca li O Alienista, e olha que acho a premissa sensacional! Estou acompanhando agora a série de mesmo nome, mas fica claro que muitos detalhes são diferentes da obra original. Ainda assim, até agora a série tá bem legal, recomendo! E assim que possível também vou conferir o livro!
xx Carol
http://caverna-literaria.blogspot.com.br
Ahhhh, Machado <3. Eu sou apaixonada por Dom Casmurro, mas nunca tinha parado pra procurar outras obras dele e acho que eu gostaria bastante de ler O Alienista, vou procurar o livro por aqui. Ah, e sim, a linguagem do Brasil colonial é muito difícil, nossa, Dom Casmurro foi um dos poucos livros da época que eu li sem sofrer hahaha
ResponderExcluirUm beijão,
Gabs | likegabs.blogspot.com ❥
Oi, Bahzinha
ResponderExcluirAcho que, assim como você, me.sentiria deslocada ao ler algo dessa época do nosso país. Em breve lerei A Baronesa Descalça, acho que você viu a divulgação lá no blog, e vamos ver como será minha receptividade.
Eu não li esae conto do Machado, aliás, tirando as leituras obrigatórias da escola, nunca peguei algo dele por livre e espontânea vontade.
Achei interessante a abordagem da loucura e da ciência, mas não sei se leria. Pelo menos não em um futuro próximo.
Beijos
- Tami
http://www.meuepilogo.com
Oi Bárbara. Adorei a resenha.
ResponderExcluirEu amo Machado mas ainda li esse. Você disse que precisa ler mais clássicos nacionais (eu também haha)... já leu Helena, também dele? Li há uns dois meses. Amei! Se não leu, recomendo.
Beijo!
http://www.cafeidilico.com
Oi flor, eu confesso que fico meio perdida quando se trata de ler coisas do Brasil colonial. Machado de Assis é um dos maiores escritores que temos, vale sempre a pena ler. =)
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
Apesar de conhecer o autor de nome, nunca li nada dele, sei que é um clássico, mas aqui em Portugal não faz parte das nossas leituras escolares.
ResponderExcluirMRS. MARGOT
Oi Bárbara,
ResponderExcluirUm clássico hein?
Ainda não o li, mas lembro que tive uma professora apaixonada pelos livros do Machado de Assis e sempre nos recomendava.
Beijos
https://estante-da-ale.blogspot.com.br
Oi Bárbara,
ResponderExcluirNão sou muito de ler clássicos, mas admiro que gosta de ler.
Esse livro do Machado eu não cheguei a ler, mas tem uma premissa interessante.
Bjs e uma ótima noite!
Diário dos Livros
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Olá Bárbara
ResponderExcluirEu tenho certeza que irei amar a leitura, eu sou fascinada pela mente humana e por questões como por que uma forma diferente da mente humana funcionar é tachado como loucura, acho que esse livro vai cair como uma luva!
Beijos <3
estanteclassica.blogspot.com
Oie Bárbara =)
ResponderExcluirVou causar polêmica rs... mas eu não gosto dos livros do Machado de Assis.
Sério algo na narrativa do autor faz com que a leitura, ao menos no meu caso se torne maçante.
Mas gosto é gosto né rs... Fico feliz que você tenha aproveitado bem a leitura ^^
Beijos ;***
Ane Reis | Blog My Dear Library
Oi Barbara
ResponderExcluirNossa ,eu já ouvi falar tanto do "Alienista" e nunca dei liga.Agora quero ler 😍😍😍Pelo que eu li em sua resenha ,tem tudo para que eu ame.
Beijos
Meu mundinho quase perfeito
Oi, Bárbara. Tudo bem?
ResponderExcluirGente, eu amei a resenha.
Aliás, é impossível não amar nada que venha de Machado.
Quero muito ler esse, sem dúvidas.
Abraços
Naty
http://www.revelandosentimentos.com.br
Oi, Bah!
ResponderExcluirO ser humano é uma caixinha de surpresas realmente. E conheço o essa história, mas nunca li (minha professora, apaixonada por Machado de Assis me indica sempre). Gosto do tema e de saber como será a conclusão de tamanha loucura. O cara sai em busca de loucura no mesmo momento em que comete a loucura de um ato com esse... Uma ótima crítica. Quero ler. E achei a edição linda. Qual a editora mesmo?
Bjux,
Di, www.vidaeletras.com.br
Amiga que delicia de ler ficou sua resenha. Já li esse conto anos atrás e gostei muito. A crítica do Machado de Assis continua válida e importante. Parabéns pela leitura, resenha e pelas fotos lindas!!! Beijos
ResponderExcluirLeituras, vida e paixões!!!
Olaa! Tudo bem?
ResponderExcluirQue resenha arrasadora! Adoreeeei e agora preciso muito ler!! Não sabia do que se tratava e confesso que ando relaxada com clássicos nacionais tambem..
Beeijo
http://lecaferouge.blogspot.com.br/